Mãe
“De tudo que até hoje escrevi nada existiria se não fosse por ti,
das sábias palmadas tomadas, ficaram hoje na lembrança as risadas,
quanto aos castigos, estes viraram meus abrigos pra guerra que é encarar o mundo agora,
posso caminhar sozinho, mas a saudade é meu eterno vizinho,
das palmadas que tomei,
os puxões de orelha que tanto levei,
aprendi que quando pequenos não sabemos ainda o que é limite,
e se Deus me permite, obrigado porque você existe,
serei eternamente grato por tudo que me ensinou,
e a sua vida que a mim com tanto carinho dedicou,
nessa vida louca e cigana comparo você a uma grande mulher espartana,
a mais forte das guerreiras,
e sei que hoje você pode sorrir,
por saber que seu filho entende o que é existir,
de voçê trago o escudo e a espada,
pra encarar na vida essa longa estrada,
e matar como em um grande duelo nas arenas da Roma antiga
os milhares de leões,
que é a tomada diária de nossas decisões,
e te tranqüilizar,
porque graças a você mãe, hoje consigo caminhar”.
Autor: Rodrigo Lopes