Embora a retórica da vida muitas vezes decepcionem nossas expectativas, a esperança precisa abrir espaço e conquistar de vez um lugar definitivo no seu coração. Com meus próprios tropeços, e apesar das cicatrizes, aprendi que os ensinamentos nem sempre irão chegar numa bandeja e fresquinho como aquela comida de casa, e muito menos auto-explicativos como os Outdoors mundanos espalhados por nossos grandes centros. Não nos faltam motivos para mutilarmos nossos sonhos, objetivos e desistirmos de NÓS MESMOS, e reagir meio a tanta decepção acaba parecendo uma situação impossível.

        Vamos primeiramente lembrar que nossas escolhas acontecerão de qualquer jeito, independentemente de suas vontades e mesmo que sejam escolhas não escolhidas. Ensina a vida que até mesmo a própria solidão é apenas uma questão de estado de espírito e que sentir-se só não significa necessariamente estar fisicamente isolado e perdido num determinado espaço físico do nosso globo terrestre. Você precisa interagir com sua mente e começar a tentar descobrir um pouco as diferenças existentes dentro deste vasto território. Algumas pessoas preferem a reclusão e cancelam as expedições que a vida nos convida a participar por dentro de NÓS MESMOS. Apontar os erros e os acertos dessa corrida não seria a melhor forma de se definir a própria proposta da vida.

        Conhecer você e suas reais ou fantasiosas realidades é uma decisão unicamente sua e infelizmente nem todos estão dispostos a conhecer o verdadeiro fardo a que estão propostos a carregar em suas vidas. Também não podemos afirmar que a felicidade será o resultado final dessa interminavél busca.

        Devemos sim antepor nossos questionamentos e somá-los a esperança e independente de qual seja o caminho, percorrê-lo sempre com muita confiança.

(RODRIGO DE FRANÇA MESQUITA E LOPES)